Paralisia Cerebral
As lesões neurológicas são causadas, em geral, por malformações cerebrais que ocorrem na gravidez ou por uma falta de oxigenação no órgão que pode ser causada durante a gestação, no momento do parto, por conta de acidentes ou como consequência de determinadas doenças.
Tendo em vista que bebês que nascem antes do previsto passam menos tempo se desenvolvendo dentro do útero e, frequentemente, advêm de partos emergenciais e mais complicados, a prematuridade figura entre as principais causas de paralisia cerebral infantil.
A paralisia cerebral é mais comumente diagnosticada conforme o bebê cresce e começa a apresentar dificuldades e atrasos no desenvolvimento das habilidades motoras. Para confirmar a suspeita que vem por meio dos sintomas, é necessária a realização de exames de imagem que detectam as lesões neurológicas (em geral, a ressonância magnética).
Exames de sangue ou que analisem as funções musculares e nervosas também costumam ser feitos para complementar o diagnóstico e detectar possíveis outros distúrbios ou síndromes que estejam relacionados.
O tratamento, portanto, se dá por meio do acompanhamento do caso por uma equipe multidisciplinar formada por profissionais da medicina, da fisioterapia, da fonoaudiologia e da terapia ocupacional.
A meta na condução do tratamento é promover a reabilitação dos pacientes e a maior autonomia possível, para que o indivíduo tenha uma vida mais funcional e menos dependente.
O tratamento para essas pessoas requer a atuação de diversos profissionais de saúde: fisiatra, ortopedista, neurologista, pediatra e oftalmologista, além de outros especialistas da saúde como, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico e nutricionista. A equipe multidisciplinar pode melhorar muito sua qualidade de vida, sendo importante que suas capacidades de convívio social, de produção e de trabalho sejam reconhecidas, permitindo que tenham uma vida o mais próximo do normal.
Como podemos ajudar a criança com Paralisia Cerebral
Fisioterapia
Os objetivos com o tratamento fisioterapêutico na paralisia cerebral incluem principalmente o aprimoramento das habilidades existentes, desenvolvendo funções e promovendo a independência, além de colaborar com a prevenção ou diminuição de outras comorbidades.
O profissional responsável pelo tratamento ajuda a promover mais independência ao paciente, fazendo com que suas atividades rotineiras sejam realizadas de forma mais simples e com menos dificuldade. O tratamento fisioterapêutico possibilita também a conscientização dos familiares a respeito de métodos que facilitam essa convivência.
Aliado aos diversos tipos de atividades, o terapeuta ocupacional utilizará técnicas, equipamentos específicos como órteses e adaptações funcionais, podendo ainda orientar a família e cuidadores sobre os cuidados e as adaptações necessárias para que essa independência seja possível, como talheres especiais, andadores, cadeira de rodas etc.
Terapia Ocupacional
A terapia ocupacional é a área da saúde focada no bem-estar e na qualidade de vida de pacientes com questões que atrapalhem a execução das atividades do dia a dia. Ela trabalha ajudando os indivíduos a encontrar novas formas de superar as limitações e atuar de forma funcional e independente.
O tratamento terapêutico ocupacional aponta-se para a inclusão da criança e do adolescente em seu ambiente domiciliar, escolar e de lazer e para seu máximo potencial funcional, ou seja, a conquista da máxima independência possível na realização das atividades cotidianas (higiene e cuidados pessoais, relacionamento com os outros, escola e lazer), apesar das limitações que possa apresentar.
Fonoaudiologia
Como a paralisia cerebral afeta o controle do cérebro sobre os movimentos do corpo, aqueles que a experimentam não podem controlar os músculos faciais, boca, garganta e cabeça.
Isso, então, leva a problemas de fala, alimentação e deglutição. Também pode causar hipersalivação e impedir o aprendizado e a interação de uma pessoa com outras pessoas.
Com a terapia da fala, os pacientes com paralisia cerebral melhorarão sua capacidade de usar a fala, a comunicação e as habilidades musculares. Isso os ajudará a falar, entender a linguagem falada, comer, mastigar e engolir.
A terapia Fonoaudiológica também pode ajudá-los a encontrar novas maneiras de usar suas habilidades de linguagem e se expressar. Também os ensina a se tornarem independentes e confiantes em suas habilidades, melhorando sua qualidade de vida.
O principal diferencial no Therasuit para a criança, é que os exercícios são feitos de forma lúdica: através das brincadeiras, são realizados os estímulos e movimentos desejados. Apesar de ser uma terapia intensiva, os pequenos adoram e se divertem durante todo o tratamento.
Procuramos sempre olhar de modo abrangente e compreender as aquisições e limites de cada criança em meio a acompanhamentos periódicos para verificar a evolução e os ganhos ao longo de todo o tratamento. Se deseja saber mais sobre essa técnica, estamos aqui para tirar todas as suas dúvidas e explicar melhor sobre o tratamento.
Toda mãe sabe que a adolescência é uma fase com muitas dúvidas, descobertas e anseios, que nem sempre é fácil lidar, mas ser mãe de um adolescente com deficiência traz outros tipos de desafios, receios e expectativas. A Michelle é mãe de 04 filhos, sendo 2 já adultos, uma criança e um adolescente com paralisia cerebral: o Marcelinho. Nesse vídeo, ela nos conta um pouco sobre sua história. Inclusive o Marcelinho relata um pouco, sobre como se sente, em um trecho de vídeo que ele gravou para um trabalho de escola.
